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domingo, 31 de julho de 2011

Os números da depressão no mundo

   Estima-se que o transtorno depressivo afeta cerca de 121 milhões de pessoas no mundo todo. A depressão severa pode levar ao suicídio e é responsável por cerca de 850.000 mortes todos os anos. Uma nova pesquisa publicada na revista BMC Medicine compara condições sociais com a depressão em 18 países.
   A pesquisa foi realizada pela Organização Mundial da Saúde e contou com a colaboração de diversos pesquisadores para investigar a prevalência da depressão no mundo. Para ser diagnosticada com um Episódio Depressivo Maior (EDM) uma pessoa deve preencher cinco de novos critérios, que incluem tristeza, perda de interesse ou prazer na vida, sentimentos de culpa ou baixa auto-estima, sono perturbado, problemas de apetite, falta de energia e dificuldades de concentração.
   Baseando-se em entrevistas detalhadas com mais de 89.000 pessoas, os resultados mostraram que 15% da população de países ricos (comparados com 11% de países em desenvolvimento) possui tendência de desenvolver depressão em algum momento da vida, sendo que 5,5% apresentavam o transtorno no último ano. Os EDMs eram mais frequentes em países ricos (28% comparado com 20% dos países em desenvolvimento) e eram especialmente altos na França, nos Países Baixos e nos Estados Unidos. O país que apresentou menor índice de depressão foi a China (12%) mas em contraste os episódios depressivos mostraram-se muito comuns na India (quase 38%).
   Alguns aspectos mostraram-se transculturais - nos países estudados, as mulheres apresentaram em geral o dobro de chance de ter depressão do que homens, e a perda de um parceiro, seja por morte ou divórcio, mostrou-se também ser um importante fator. No entanto, a questão da idade variou muito de país para país.
   A profª Evelyn Bromet comenta que "Esse é o primeiro estudo que utiliza um método padronizado para comparar depressão e EDMs em diversos países e culturas. Nós mostramos que a depressão é uma preocupação significativa de saúde pública em todas as regiões do mundo e está fortemente associada a condições sociais. Compreender os padrões e as causas da depressão pode ajudar em iniciativas globais na redução do impacto da depressão nas vidas dos indivíduos e da sociedade."
   Os resultados referentes ao Brasil demonstram que, no último ano, cerca de 10,4% da população sofreu com um episódio depressivo maior. Foram avaliadas 5.037 pessoas moradoras de São Paulo. Os pesquisadores estimaram que 44,8% da população já apresentou pelo menos uma vez na vida algum transtorno mental.
   A depressão é um problema sério no mundo atual, e estudos como esse nos ajudam a pensar sobre como podemos prevenir e tratar o transtorno.

Ano da Avaliação Psicológica

    O Conselho Federal de Psicologia (CFP), junto com os Conselhos Regionais (CRPs), escolheu como eixo temático principal entre os anos de 2011 e 2012, a Avaliação Psicológica. Desta forma, são promovidas várias atividades sobre o tema, em todo o Brasil.
   Também foi disponibilizada uma publicação on-line com os textos geradores do Ano da Avaliação Psicológica, que contém diversos artigos interessantíssimos que debatem diferentes aspectos do tema. Os textos geradores da publicação têm como objetivo não só alimentar a reflexão sobre o tema, mas também contribuir para os debates realizados pelos Conselhos Regionais. A expectativa é envolver a categoria de profissionais em todas as regiões do Brasil na reflexão sobre a avaliação psicológica e qualificação da prática no Brasil. Clique na imagem abaixo para acessar a publicação:


sexta-feira, 29 de julho de 2011

Pela primeira vez em uma década, número de suicídios cai em dois anos seguidos no RS

Investimento em saúde mental é apontado como um dos fatores que resultaram na redução

No último relatório sobre suicídios no Rio Grande do Sul, divulgado pela Secretaria Estadual da Saúde, um dado serve de alento para profissionais da área de saúde. Pela primeira vez em uma década, as mortes reduziram em dois anos seguidos no Estado – 4,6% em 2009 e 6,5% em 2010.

É cedo para compreender a inversão da curva estatística, que seguia estacionada ou em leve crescimento desde 2000, mas especialistas acreditam estar colhendo frutos de políticas públicas criadas a partir de 2008.

Todos os anos, cerca de mil pessoas se matam no Estado (foram 1.035, em 2010), o que coloca o Rio Grande do Sul historicamente no topo das mortes auto infligidas no Brasil. Para você ter uma ideia, é como se cinco Airbus A320 lotados caíssem a cada 12 meses.

Embora constituam-se na terceira causa de morte violenta no Estado mais meridional do país (superado apenas por homicídios e acidentes de trânsito), as primeiras políticas públicas só foram lançadas há três anos, com a criação do Promoção da Vida e Prevenção do Suicídio. Neste período, incrementou-se o atendimento em Centros de Atenção Psicossocial (CAPs) e ampliaram-se os leitos psiquiátricos em hospitais gerais. Os primeiros resultados aparecem.

— Em média, temos o dobro da oferta de serviços para desintoxicação de álcool e drogas em comparação com outros Estados. São aspectos fundamentais para compreender a redução — diz Ricardo Nogueira, coordenador de Saúde Mental do Sistema de Saúde Mãe de Deus.

"Jovem perde referencial da ordem sem a figura paterna"

Cerca de 20% dos jovens que cumprem medida sócio-educativa na FASE não têm o nome do pai na carteira de identidade. O levantamento preliminar é da própria Fundação, que tem 833 internos. Entre os menores que têm pai, cerca de 60% declara que não mantém contato permanente. O secretário-adjunto da Justiça e dos Direitos Humanos diz que o diagnóstico indica uma omissão já em evidência e destaca a importância da figura paterna. Miguel Velasquez reforça a necessidade de que as famílias sejam bem estruturadas, com o desempenho do papel da figura paterna como um dos alicerces para reverter o quadro dos internos. Segundo o secretário, os jovens perde o referencial da ordem quando não existe a figura paterna, e as famílias precisam passar por um processo de interferência para imprimir essa referência.

PSICOPATIA / SERIAL KILLERS

Mais um espaço para discutir a psicopatia!
Neste site achei interessante discutir a psicopatia de forma adequada ao leitor com o fim de acrescentar e colaborar na acessibilidade do tema, já que no Brasil este é bastante escasso. Assim, espero proporcionar um melhor entendimento sobre esse transtorno, apresentar alguns indivíduos envolvidos neste comportamento e mostrar que existem estudos sérios à respeito do tema, disponibilizando vídeos, links, artigos científicos, históricos de serial killers brasileiros e estrangeiros. Para isso, contei com o apoio da pouca literatura brasileira existente sobre o tema, e com literaturas de origem estrangeira.

      Espero que gostem, explorem e deixem seus comentários e sugestões.

Suicídio: um tema que precisa ser discutido


Um dos maiores problemas sobre a questão do suicídio é que ele continua sendo um dos maiores tabús da nossa sociedade. O comportamento suicida ainda é um problema escondido. Discussões sobre ele acabam caindo muitas vezes apenas no julgamento "covardia x coragem", e esse pensamento julgador e moralizante pouco ajuda a resolver o problema. Essas dificuldades em se falar francamente sobre o assunto não contribui em nada para ajudar as pessoas que passam por isso, sejam as pessoas que tentam o suicídio, seja seus familiares e amigos. Hoje assisti a um interessante depoimento sobre isso, e posto o vídeo a seguir:


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