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sexta-feira, 6 de maio de 2011

Depressão realmente deixa o mundo mais cinzento


   Nossa linguagem demonstra como frequentemente associamos as cores ao estado emocional. Não raro dizemos, num momento de desânimo, que o mundo está “acinzentado”. Estudos sugerem a existência de uma base orgânica para relacionarmos, por exemplo, a cor cinza e o sentimento de melancolia. Uma pesquisa coordenada pelo médico Ludger Tebartz van Elst, da Universidade de Freiburg, na Alemanha, mostrou que, em pessoas com depressão, os neurônios da retina reagem de forma limitada a contrastes.
   O experimento consistiu em colocar eletrodos finíssimos nos globos oculares de voluntários (saudáveis e depressivos) e registrar a estimulação da retina enquanto os participantes observavam vários padrões de tabuleiros de xadrez. Como as diferenças entre claro e escuro são processadas pelas células neurais da retina, os sinais obtidos forneceram indícios sobre a sensibilidade aos contrastes, independentemente da percepção subjetiva dos participantes.
   A sensibilidade aos contrastes em voluntários depressivos foi, em média, 50% menor do que nos participantes saudáveis. Não foram constatadas diferenças significativas entre os depressivos agudos e os crônicos ou que tomavam medicamentos.
   A falta de contraste registrada também foi um ponto que chamou a atenção dos pesquisadores: mais de 90% dos que apresentaram sensibilidade da retina abaixo da média eram depressivos. Segundo os cientistas, apesar de o método ainda não ser adequado para ser usado como procedimento de diagnóstico, ele representa uma nova abordagem para definir alterações neurológicas.

FONTE: Mente e Cérebro

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