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domingo, 1 de maio de 2011

Série CRIMES NOTÓRIOS 1

Para inaugurar a série apresentarei um dos grandes crimes elaborados pela mente doentia do rei Henrique VIII, que mantinha sua soberba e crueldade aos braços da monarquia.

Ana Bolena
"Queimada viva ou decapitada, de acordo com a vontade do rei."

O CRIME: O rei Henrique VIII era casado com Catarina de Aragão, que havia sido noiva de seu falecido irmão, quando se apaixonou por Ana Bolena, tendo já mantido um relacionamento com a irmã dela, Mary. Henrique tentou convenser o papa Clemente VII a anular seu casamento com Catarina, mas o papa se recusou e, em vez de acatar a decisão da igreja, Henrique rompeu com Roma. O projeto de Henrique para divorciar-se de Catarina ficou conhecido como "o grande problema do rei". Henrique se casou em segredo com Ana, que estava grávida, em 25 de janeiro de 1533 (embora o historiador Davis Starkey afirme que o casal se casou realmente em 14 de novembro de 1532).
Em 10 de abril Tomas Cranmer, o arcebispo de Canterbury, declarou nulo o casamento de Henrique com Catarina e em julho Henrique foi excomungado. Em 7 de setembro de 1533 Ana deu à luz a futura rainha Elizabeth I. Henrique se cansou de Ana quando ela não conseguiu dar a ele um herdeiro. Para livrar-se de Ana, ele a condenou com base em acusações falsas de adultério e traição.

ONDE:
Tower Hill, Londres, Inglaterra
QUANDO:
Sexta-feira, 11:00 horas,
19 de maio, 1536
AS CONSEQUÊNCIAS:
     Ana foi condenada a "ser queimada viva ou decapitada, de acordo com a vontade do rei". O rei escolheu decapitação, mas, como Ana sofria de um medo mórbido do machado desde a infância, ela implorou para ser morta pela espada - pedido que foi atendido por Henrique. Um algoz francês altamente capacitado foi levado de Calais. Ele recebeu 100 coroas francesas (cerca de 23 libras), que incluíam o pagamento de um traje preto e justo e um chapéu também preto e alto, ao qual se prendia uma meia máscara, que cobria a parte superior do seu rosto. Pouco depois das 11 da manhã, Ana chegou ao patíbulo forrado com palha e removeu o manto de damasco cinza exibindo uma saia vermelha. Seus famosos cabelos longos e negros eram mantidos presos por uma touca preta que foi tirada e substituída por outra branca. Ela rezou, declarou sua lealdade a Henrique e foi então vendada com um lenço de linho. Depois de se ajoelhar, o algoz retirou silenciosamente a espada de onde a escondera sob a palha, fez um sinal para que seu assistente se aproximasse de Ana, que se virou ao ouvir os passos. Quando ela se voltou, a espada desceu e, com um golpe certeiro, cortou sua cabeça. O algoz segurou a cabeça e, com sangue jorrando abundante, exibiu para as testemunhas, que viram os olhos e os lábios de Ana ainda se movendo convulsivamente. Seus restos mortais foram postos em uma velha arca e enterrados sob o altar da Capela Real de Peter e Vincula, dentro das muralhas da torre.
VOCÊ PRECISA SABER:
     Se as acusações de adultério feitas por Henrique houvessem falhado, Ana teria perdido a cabeça da mesma maneira. Henrique planejava usar o fato de ela ter seis dedos em uma das mãos e um terceiro mamilo para provar que era uma bruxa.

Fonte: 501 CRIMES MAIS NOTÓRIOS - Paul Donnelley





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