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sexta-feira, 22 de abril de 2011

Nova meta para o desenvolvimento de anti-depressivos eficientes

Novos rumos para o desenvolvimento de anti-depressivos
   Pela primeira vez em modelo humano, cientistas descobriram como anti-depressivos produzem novos neurônios. Isso significa que pesquisadores podem agora desenvolver medicamentos melhores e mais eficientes para combater a depressão.
   Estudos anteriores mostraram que anti-depressivos produzem novas células, no entanto, até agora não se sabia como isso acontecia. Em uma pesquisa publicada na revista Molecular Psychiatry, pesquisadores da King College's London demonstraram que regulam os receptores de glucocorticóides (GR) - uma proteína chave envolvida nas respostas ao estresse. Além disso, o estudo mostra que todos os tipos des de anti-depressivos dependem dos GR para criar novas células.
   Estima-se que a depressão seja a segunda doença com maior incidência até o ano de 2020. Estudos recentes demonstraram que pacientes com depressão apresentam uma redução de um processo chamado "neurogênese", que é um déficit no desenvolvimento de novas células nervosas. Essa neurogênese reduzida pode contribuir para os sintomas debilitantes da depressão, como o humor deprimido ou os problemas de memória. Com mais ou menos a metade de todos os pacientes deprimidos não conseguindo melhorar com os tratamentos atualmente disponíveis, o desenvolvimento de novos tratamentos anti-depressivos continua sendo um grande desafio, o que faz com que seja crucial a identificação de novos mecanismos envolvidos nesse processo.
   O Laboratório de Estresse, Psiquatria e Imunologia (SPI-lab) da faculdade vinha observando o papel da GR na depressão há alguns anos. Nessa pesquisa, cientistas usaram células-tronco do hipocampo humano, a fonte de novas células no cérebro humano, como um novo modelo para investigar os efeitos de anti-depressivos em células do cérebro.
   Chistoph Anacker, estudante de PhD no King College's London e autor principal do artigo diz "Pela primeira vez em um modelo clinicamente relevante, nós fomos capazes de mostrar que anti-depressivos produzem mais células-tronco e também aceleram seus desenvolvimento em células cerebrais adultas, Adicionalmente, também demonstramos pela primeira vez que hormônios do estresse, que são geralmente muito altos em paciêntes com depressão, tem um efeito oposto".
   "Nós descobrimos que uma proteína específica na célular, o receptor glucocorticóide, é essencial para isso acontecer. Os anti-depressivos ativam essa proteína que ativa genes particulares que tornam células tronco imaturas em células cerebrais adultas".
   "Aumentando o número de células recém-nascidas no cérebro humano adulto, anti-depressivos neutralizam os efeitos nocivos dos hormônios do estresse e podem auxiliar no tratamento de anomalias cerebrais que podem causar o humor deprimido e a memória prejudicada na depressão".
   Anacker conclui: "Identificando o receptor de glucocorticóide como um elemento chave na geração de novas células no cérebro, nós agora poderemos usar esse novo sistema de célula-tronco para o tratamento de doenças psiquiátricas em laboratório, testa novos compostos e desenvolver anti-depressivos muito mais efetivos e focados. No entanto, primeiro é importante que estudos futuros investiguem todos os efeitos possíveis de se aumentar a neurogênese no comportamento dos humanos".

REFERÊNCIA: Physorg

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